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Máquinas Agrícolas invadiram ruas da vila

Aumentou a adesão na II Concentração de Máquinas Agrícolas e a iniciativa afirmou-se como uma alternativa onde os participantes conseguem aliar o lazer, o convívio e a sensibilização para as questões da segurança.
A organização da responsabilidade da Associação Paul Cultural Desportivo (APCD), manifestou o seu contentamento com o êxito alcançado e promete mais edições.
Iniciativas que vão para além da dimensão da convivialidade com preocupações ambientais, de segurança, sociais ou outras quaisquer não abundam, por isso as que conseguem ultrapassar o óbvio e rasgam a fronteira única da confraternização e abraçam causas marcam a diferença. Foi o caso da II Concentração de Máquinas Agrícolas que reuniu cerca de cinquenta participantes no passado dia 12 Julho na vila do Paul.
Antes da diversão a sensibilização, foi a forma encontrada pela APCD que depois da abertura do evento, promoveu no anfiteatro local uma ação de sensibilização aberta ao público em geral, que teve inicio pelas 10 horas e a participação do oradores Gabriel Gouveia, presidente da Junta de Freguesia do Paul, Luís Moreira, subdiretor da ACT - Covilhã e o comandante do Destacamento Territorial  da GNR- Covilhã , Tenente Fernandes Martins.
Ação de sensibilização procurou alertar os agricultores
Com um publico atento, a primeira intervenção de Luís Moreira alertou para as questões da segurança de uma forma mais abrangente no que dia respeito à utilização dos equipamentos agrícolas, já o segundo orador o Tenente Martins,  pisou outros terrenos, igualmente importantes para o contexto, que  abordaram as estatística  deste tipo de sinistralidade, para além, deixar alguns conselhos úteis para a plateia, possibilitou a visualização de um vídeo que retratou um acidente de trator  evidenciando  a diferença entre um equipamento agrícola com proteção adequada e outro sem  ela. Objetivamente, este vídeo cumpriu o desígnio da frase “vale mais uma imagem do que mil palavras”.  
Ao chefe do executivo paulense, Gabriel Gouveia coube-lhe fazer os agradecimentos e a congratular-se com a aquisição de conhecimentos produzidos nesta ação que na sua opinião podem ajudar e muito a diminuir os riscos que os condutores de máquinas agrícolas estão sujeito no âmbito da sua atividade.  
Mais conscientes quanto à sua segurança, os condutores dos equipamentos agrícolas, (algumas máquinas de rosto lavado para a ocasião) começaram a perfilar-se para de seguida iniciarem o desfile pelas ruas da vila, visivelmente agradados com esta marcha ruidosa que agitou a freguesia.
O desfile pelas ruas  da vila
Terminado o desfile as máquinas foram parqueadas no complexo desportivo da Freguesia e nas instalações da APCD, realizou-se o tradicional almoço convívio sempre muito animado e concorrido.
Sensibilização foi a palavra de ordem
Um novo jogo inventado o Tratorbole (futebol com tratores!) realizado durante a tarde, dança e uma gincana de tratores foi mais uma oportunidade para os participantes se divertirem e confraternizar, cumprindo-se assim uma das metas da entidade organizadora assente não só na função desportiva e social, mas também assumindo desta forma a preocupação de uma função de sensibilização e prevenção dos trabalhadores do sector agrícola que tem na vila uma expressão ainda com algum peso no seu tecido produtivo, tanto mais, este tipo de sinistralidade com máquinas agrícolas tem uma grande expressão e tudo que for feito para a evitar é bom.
Por outro lado, importa referir que ao nível local, existe na Freguesia um grande número de máquinas para trabalharem nesta atividade e a faixa etária dos tratoristas é elevada, assim sendo, é expetável que esteja menos disponível para a formação adequada e, nesta medida, esta ação inserida numa componente lúdica potencia a aprendizagem de conceitos fundamentais para a sua segurança.
Para o subdiretor da ACT da Covilhã, a importância do tema é notória “penso que aqui foi provado, este tipo de associações também pode ter um papel importante na prevenção de acidentes junto de pessoas da sua proximidade. A ACT é um serviço de proximidade, pronta para esclarecer as pessoas e está sempre disponível para ajudar e colaborar neste tipo de iniciativas. O que viemos fazer foi trazer algumas informações e conhecimentos sobre os riscos que correm quando operam equipamentos agrícolas. Trouxemos alguma documentação entre a qual está uma ficha de segurança que distribuímos e que aconselhamos os condutores de máquinas agrícolas a lê-la e trazê-la consigo nas suas viaturas, até porque, ela ensina e esclarece formas e procedimentos que evitam que as pessoas corram riscos desnecessários”, alertou Luís Moreira.

Tratorbole  um jogo inventado ( foto de Bela Valezim)

O presidente da JFP também quis enaltecer o objetivo da iniciativa, “nunca é demais falar na segurança das pessoas, tanto mais que estas pessoas na sua atividade rural correm riscos inerentes ao uso de máquinas agrícolas. A  Associação Paul Cultural Desportivo (APCD) esteve bem com esta atividade que vai muito para além de um convívio que  é importante, mas que  é também um momento de aprendizagem que revela preocupação em alertar as pessoas sobre o perigo que correm   através desta ação de sensibilização. Por isso só posso estar contente e fazer um balanço muito positivo”. Salientou Gabriel Gouveia.
Aumento de participantes aumentou responsabilidade
O representante da GNR quis deixar claro “antes da fase repressiva deve haver a fase preventiva e foi isso que a GNR veio fazer nesta ação de sensibilização. Procurei informar os agricultores sobre a sinistralidade que existe na utilização deste tipo de equipamentos e riscos que podem ser evitados. Há regras simples que cumpridas pelos condutores diminuem de forma significativa os riscos é preciso não esquecer factores que potenciam os acidentes como a ingestão de álcool, a fadiga, a distração e se possível a renovação da frota, sabendo que os equipamentos atuais já possuem os requisitos de segurança mais evoluídos como é exemplo o chamado “Arco de Santo António e o sistema de iluminação, entre outros. As ações de sensibilização da GNR, começam a apresentar resultados refletidos na diminuição de acidentes, por isso reitero, que é preciso apostar em ações como esta e não deixar esquecer os nossos agricultores do que vale mais prevenir do que remediar”, Defendeu o Tenente Martins.
Para o presidente da Comissão Administrativa da APCD, esta é mais uma iniciativa de sucesso que deve ter continuidade no futuro pela sua importância lúdica e pedagógica, “aumentar quase para o dobro de participantes é reconfortante mas também aumenta a nossa responsabilidade. Esta ação não foi para ensinar nada a ninguém, a nossa intenção foi alertar as pessoas e é só o que pretendemos e que julgo conseguimos com a ajuda dos oradores convidados para esta ação de sensibilização.
Porque é também uma função social aquela que desempenhamos com gosto e porque somos uma associação aberta a todo o tipo de iniciativas, esta cumpriu com o objetivo traçado e como tal motivam-nos a trabalhar para melhorar a oferta que disponibilizamos aos nossos associados e à população em geral”. Rematou Luís Morgadinho.