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Inforpaulense barrado à porta do Paul Alive

Como era a primeira vez que a Associação Paul Mais Jovem, assumia por inteiro a responsabilidade da organização do Paul Alive, tínhamos programado desenvolver uma reportagem alargada sobre este acontecimento.
Aliás, nas edições anteriores, já tínhamos tido acesso livre e dado conta desta iniciativa destinada a um público mais jovem e este ano porque acompanhámos de perto o trabalho da organização estava na altura de aprofundarmos a matéria noticiosa deste acontecimento.
O que não contávamos era que o Inforpaulense fosse barrado à porta do Paul Alive pelo segurança de serviço, que manteve a sua posição mesmo depois de informarmos que estávamos ali para trabalhar na cobertura do evento.
E o que foi mais caricato é termos pedido para falar com o presidente da Associação Paul Mais Jovem para esclarecermos a situação e, ter sido dito por uma responsável da organização que não era preciso porque o Inforpaulense para entrar tinha que usar a pulseira como se fosse um espectador e não um jornalista.
Ora, na circunstância não estávamos ali a título pessoal, mas como jornalista do Inforpaulense e nenhum jornalista para entrar em recintos públicos usa pulseiras dos eventos, quando muito, ou usa a sua identificação, ou a acreditação concedida pelas organizações dos mesmos.
Perante o insólito da situação, por imperativo de consciência e dignidade jornalística o Inforpaulense abandonou o local sem conseguir cumprir a sua missão.
Lamentamos.
Importa ainda reter que o Inforpaulense, não confunde a árvore com a floresta e estará sempre disponível para dar cobertura a todas as iniciativas, com o respeito e a dignidade que merecem, desde que, seja também credor deste mesmo respeito e dignidade.
A nossa missão é informar.

No exercício de informar, um jornalista não é público, é um representante de um órgão de comunicação social que vai aos locais para trabalhar, recolher informações, vivenciar experiências para depois passá-las para os leitores.
Não pode ser confundido com um mero espectador.
Como compreenderão, não era este o texto que gostaríamos de escrever sobre o Paul Alive, seguramente merecia outra abordagem, dando voz aos artistas, público e dirigentes, mas nós apesar do cansaço resultante da iniciativa Paul Color, comparecemos no recinto do Paul Alive para recolher elementos para fazer a reportagem que seria enviada para outros órgãos de comunicação social dos quais somos correspondentes, infelizmente, esbarrámos num tratamento que não aceitamos e que na história deste jornal digital acontece pela primeira vez.
Enquanto fizermos este trabalho de espinha direita é esta a nossa posição.
Goste-se ou não dela e doa a quem doer.
Pela parte do Inforpaulense, reiteramos a nossa disponibilidade para acompanhar de perto o trabalho desta associação jovem, como dos restantes que operam na vila num quadro de respeito mútuo.
É só isso que pedimos.
João Cunha